sexta-feira, 5 de junho de 2009

MANIFESTO DA POESIA CULT

A poesia Cult já vem sendo produzida há alguns anos. Influenciada pela cultura atual com seus artistas de todas as categorias e áreas. A poesia Cult surge da conversa do barzinho, do happy hour, das trilhas sonoras do trânsito caótico, dos elevadores lotados, da sala de espera cada vez mais demorada, da recepção de um evento, do encontro de casais e de solteiros, da festa com os amigos, da vitrola que toca sozinha no Ap do sexto andar, do cidadão que com seu mp3 vaga pela rua ... A poesia Cult tem música, tem trailer, tem sonoplastia, tem fotografia, tem cinematografia, tem prédios, tem ruas, tem livros, tem páginas, tem web site, tem sítios, tem e-mails, têm meios, tem de tudo e de todos.
Como reconhecer uma poesia Cult? A poesia Cult retrata o flagra do cotidiano, como uma fotografia, um haicai, mas acrescenta a esta cena uma trilha sonora, uma citação, um perfume, uma luz néon, um banner, um link, como se ao falar da “Noite”, ouvisse Tom Jobim, visse Basquiea, lesse Drummond, assistisse Ritchcock, pensasse na existência, sonhasse com gatos coloridos, bebesse um licor de cacau, ...
A poesia Cult é um flerte constante entre as artes, abusando da sua multi-linguagem, é uma poesia para quem lê, para quem ouve, para que vê, é uma poesia-cultura. Nela há atores e personagens, autores e redatores, fotógrafos e pintores, disk jóqueis e maestros. Nela há pessoas e animais, naturais e sobrenaturais, matérias e substâncias. Nela há a biblioteca, a discoteca, a livraria, a banca de revistas, a rádio, o museu, o livro, nela há cultura.
Então, leia a poesia, veja a poesia, ouça a poesia. Seja cult. Seja culto.